Administrando empresas

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Gestão da Competência Intelectual

Na era do conhecimento, mercados globalizados e competitivos, não se pode mais garantir o sucesso ou a permanência da empresa no mercado, com base unicamente no acompanhamento contábil e aferição do lucro obtido através do cálculo de receitas menos despesas.

Um crescimento consistente e sustentável da empresa deve vir acompanhado de investimentos em desenvolvimento do capital humano da empresa. Em verdade, trata-se de investimento no ativo intangível, de difícil mensuração, mas de impacto direto no desempenho da organização.

A gestão da competência intelectual da organização depende da gestão de competências e da gestão do conhecimento. A gestão de competências compreende três fatores: conhecimento, habilidade e atitude.

O conhecimento depende da aquisição de informações obtidas pela pessoa ao longo dos anos através da prática, da leitura e da participação em cursos e eventos; a habilidade compreende a capacidade da pessoa em aplicar o conhecimento na prática e obter resultados favoráveis à empresa; a atitude representa o comprometimento da pessoa com os objetivos organizacionais. A gestão do conhecimento compreende o desenvolvimento humano e o fomento ao desenvolvimento intelectual das pessoas, através da implementação de ambiente organizacional favorável a aquisição, troca e aplicação do conhecimento.

Com efeito, a gestão da competência intelectual da empresa envolve a mantença e desenvolvimento do know how (conhecimento), como diferencial competitivo da organização em face das instabilidades mercadológicas que ensejam competição acirrada.

No modelo de Porter (Engenheiro Estadunidense e professor da Universidade de Harvard), as forças competitivas que exercem influência sobre a empresa resumem-se a cinco, conforme modelo da figura abaixo, no entanto, atualmente já podemos considerar que existe uma sexta força não prevista no modelo de Porter, que impacta direta e fortemente sobre o desempenho da empresa, qual seja, o conhecimento.



No que tange a gestão da competência intelectual, a empresa precisa identificar sua core competence (competência essencial), além verificar o gap (diferença) entre a competência existente atualmente na organização e a competência necessária para manter a empresa competitiva e com resultados favoráveis.

A competência intelectual da empresa é um importante fator invisível do balanço patrimonial, influenciando, contudo, decisivamente nos resultados da organização. As grandes multinacionais que conseguem manter um alto grau de competitividade e de participação no mercado possuem notória competência intelectual, o que ajuda a valorizar suas ações no mercado. Não são poucos os casos em que o valor das empresas no mercado de ações está acima de seu patrimônio líquido, haja vista sua capacidade de transformar, inovar, superar crises e expandir seus negócios, como é o caso de gigantes do mercado, como a Coca-Cola, Microsoft, Apple e Sony.

Normalmente as empresas tendem a manter o status quo (estado atual e estável), no entanto, para manter a competitividade no mercado atual, é necessário reinventar sempre, através da aplicação de novos conhecimentos, desenvolvendo novas habilidades e demonstrando novas atitudes de comprometimento e entrega quanto à consecução dos objetivos organizacionais.