A teoria contingencial pela contemporaneidade de seus
conceitos e aplicabilidade de suas teses, merece destaque, porquanto reuniu as
três variáveis estudadas ao longo dos anos na Administração de empresas, quais
sejam: tarefa, estrutura e pessoas.
Notadamente, pela complexidade dessas três variáveis
e considerando que essas não são fixas, modificando-se ao longo dos tempos e de
acordo com as circunstâncias, torna-se importante a busca pela harmonização
dessas variáveis de modo que os resultados da empresa possam ser obtidos.
Ao longo das teorias administrativas percebemos
fragmentos destas três variáveis de modo que nunca antes foram consideradas
simultaneamente. Senão vejamos; a teoria da Administração científica deu
importância demasiada à execução das tarefas, contudo a teoria das Relações
Humanas deu ênfase apenas aos aspectos relacionados às pessoas, enquanto a
teoria de da Burocracia dera ênfase praticamente apenas à estruturação da
empresa, no sentido da organização formal de cargos, procedimentos, normas e
hierarquia.
Faltara, contudo, prever todas as variáveis juntas,
que, pelas importâncias notórias individuais não podem ser dissociadas. Com
efeito, para enfrentar a nova ordem mundial, caracterizada pela volatilidade do
mercado, pelas mudanças acentuadas, freqüentes e repentinas, foi necessário que
as empresas elevassem seus níveis de qualidade, produtividade, enquanto
proporcionam a satisfação das necessidades individuais de seus empregados.
A teoria contingencial, assim chamada em decorrência
de sua capacidade de adequação e flexibilidade estrutural para enfrentar as
adversidades do mercado, propagou-se nas empresas atuais, como forma de
enfrentar a volatilidade do mercado..
Neste sentido, Chiavenato (2010) cita que o modelo
contingencial se baseia em cinco dimensões, quais sejam:
Variedade, refere-se ao número e
variedade de habilidades exigidas pelo cargo; autonomia, refere ao grau de
independência e de critério pessoal que o ocupante tem para planejar e executar
o seu trabalho; significado das tarefas, refere-se ao conhecimento do impacto
que o cargo provoca em outras pessoas ou na atividade organizacional; identidade
com a tarefa, refere-se ao grau que o cargo requer que a pessoa execute e
complete uma unidade integral do trabalho; retroação refere-se ao grau de
informação de retorno que o ocupante recebe para avaliar a eficiência de seus
esforços na produção de resultados.(CHIAVENATO, 2010 p.207 e 208).
Pela sua flexibilidade a
teoria contingencial se moldou bem às necessidades das organizações atuais, em
busca da congruência dos objetivos individuais e dos objetivos organizacionais.