A mera tarefa mecânica, em que o colaborador era pago apenas para executar e não pensar, conforme as idéias “taylorianas” há muito vem sendo deixada de lado pelas organizações promissoras e de sucesso, uma vez que o capital intelectual tem sido considerado o fator fundamental para a mantença da competitividade organizacional.
Em meio às constantes crises mundiais do capital financeiro, em decorrência da própria essência do neo-liberalismo capitalista, o capital intelectual tem servido como requisito basilar das empresas que conseguem se manter com padrões de qualidade adequados e lucratividade e rentabilidade constantes e crescentes, mesmo em mercados cada vez mais inconstantes, em cujo bojo impera a agressividade da competição entre as empresas para a conquista do mercado consumidor.
Deste modo, dada a importância do capital intelectual, as organizações de sucesso voltam-se também para seus clientes internos, assim entendidos como os recursos humanos que desenvolvem suas atividades organizacionais e contribuem para a consecução dos resultados da empresa.
Com isso, não são raros os casos de empresas que já implementaram e oferecem aos seus colaboradores, alguns avanços como os horários flexíveis, as remunerações variáveis por desempenho, opção de compras de ações da empresa, maior participação nas decisões empresariais e tarefas mais desafiadoras, através do “job enrichment” ou enriquecimento das tarefas atreladas ao cargo. Tudo isso, para manter atrativo o ambiente de trabalho e possibilitar uma qualidade de vida no trabalho adequada.
Ademais, grandes organizações chegam a investir na implementação de centros internos de academia e programas de prevenção de doenças, através de palestras promovidas por profissionais das áreas de nutrição, medicina, educação física e de outras especialidades.
Aquela velha visão da Administração Científica, que permeou boa parte do século XX, em que o trabalhador era visto apenas como apêndice da máquina, vem dando lugar a um colaborador que, de fato, promove os resultados da empresa e torna-se grande impulsionador das atividades da organização.
O “know how” ou conhecimento passou a ser um diferencial das maiores organizações mundiais, no entanto, para que este saber seja corretamente empregado, eis que surge a necessidade “sine qua nom” ou imprescindível, de investimento em qualidade de vida no trabalho (QVT).