Segundo Nelson e Simmons
(2012), o stress em verdade deve ser avaliado segundo o modelo holístico, que,
mais abrangente vislumbra o stress como proveniente de fatores estressores
advindos da carga de trabalho, relações interpessoais, bem como condições de trabalho,
aos quais os empregados respondem individualmente de forma diferente, porquanto
dependem de características individuais, tais como: a robustez, otimismo,
autoconfiança, senso de coerência e capacidade de resiliência das pessoas que
pode gerar dois fenômenos distintos: o Eustresse e o Distresse.
O Eustresse ao contrário do
Distresse é uma resposta positiva do empregado diante do fator estressor, ou
seja, quanto maior o fator estressor melhor o resultado do empregado.
O Distresse, contudo, é
igualmente, a resposta do empregado ao fator estressor, porém de maneira
negativa, qual seja, demonstrando raiva, rancor, frustração, alienação no
trabalho e queda de produtividade.
Neste contexto, percebe-se a
notória e fundamental participação que têm os líderes da organização,
considerando que esses podem e devem trabalhar para que seja exercido sobre os
empregados, somente a tensão adequada de trabalho, com a finalidade de obter a
maior produtividade.
Identifica-se que o ser
humano age como as cordas de um violão, que exigem apenas a tensão ideal para soar
as notas musicais, porém, se tensionadas excessivamente podem romper-se.
Neste sentido, os líderes, segundo
Jex e colaboradores (2012), ao permitir que os funcionários trabalhem com
projetos contando com prazo exíguo podem desenvolver a capacidade de controle
do tempo e melhorar o seu desempenho ao longo prazo.
Contudo, é absolutamente
improvável que um empregado ou colaborador sobre o qual se exerça contínua e
desproporcional tensão, mantenha bons resultados ao longo prazo.
A tensão por resultados, se
bem aplicada, na medida correta e de forma contínua pode gerar equipes e
pessoas eficientes. É como se comparássemos este processo a um trabalho de
musculação, ou seja, movimentos de levantamento de peso de maneira gradativa
para a obtenção de resultados melhores ao longo prazo.
Trabalhar para que isto
ocorra, no entanto, no ambiente organizacional depende, sobremaneira, dos líderes
da organização e de como esses trabalham o potencial de seus colaboradores.
Fonte de consulta: Stress e
Qualidade de Vida no Trabalho. Perspectivas atuais da saúde ocupacional.2012.
Ed.Atlas.