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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O valor do voto

A cada dois anos, temos mais uma oportunidade para reafirmar e consolidar a democracia no Brasil por meio das eleições diretas e fazer jus ao direito que nos foi conferido pela Constituição Federal de 1988.

Não podemos olvidar que muitos pagaram com a própria vida durante os anos de chumbo da ditadura militar, para que pudéssemos desfrutar do direito a escolha de nossos representantes no Governo. Durante a ditadura militar, a liberdade de imprensa, expressão e manifestação foram cerceadas e taxadas pelos militares como movimentos subversivos e perigosos para a mantença da ordem social no país.

Após 20 anos de repressão e ditadura no Brasil, finalmente em 1988, por meio da assembléia constituinte, a sociedade brasileira foi amparada através de diretos pétreos, fundamentais, imutáveis e irrenunciáveis, dentre os quais está o voto universal, para eleição direta dos representantes do povo no Governo, cuja responsabilidade é a promoção de ações em prol da própria sociedade da qual fazem parte.

Por meio do voto, outorgamos ao vereador, ao prefeito, ao deputado, ao governador, ao senador e ao presidente da república, um mandato ou procuração para atuar em nosso próprio nome, visando consolidar e tutelar nossos direitos, conferidos pela Carta Magna de 1988, tais como o direito à saúde, educação, alimentação, moradia e, sobretudo, o maior e mais importante de todos: o respeito à dignidade humana.

Os nossos representantes ou mandatários provêm, no entanto, da própria sociedade que os elege, sendo o reflexo da população em suas virtudes e defeitos, portanto, mudar os rumos da nação por meio do voto, requer, sobretudo, mudanças nas pequenas atitudes cotidianas, para criar uma esfera social sob a égide do respeito às pessoas, às leis e aos bons costumes, o que contribuirá certamente, para a construção de um ambiente político no qual atuem somente as pessoas que estão de fato comprometidas com o bem estar da população.

A passividade e o analfabetismo político devem ser combatidos com veemência pela sociedade, através da educação, da informação e da transparência, visando ilidir candidaturas maculadas pela corrupção e pela falta de comprometimento com o bem público.

Os ditames da lei, os programas de governo, as políticas fiscais e a política econômica, não são; definitivamente, responsabilidade apenas do Governo legalmente outorgado, mas de toda a sociedade, que a cada eleição tem a chance de fazer valer a democracia através do voto e determinar o futuro do país.

Portanto, votar com responsabilidade e serenidade é um dever de todos aqueles que desejam que o tão almejado país do futuro torne-se de fato o país do presente, cujo respeito à dignidade humana permeie em todas as ações políticas, transformando o Governo num verdadeiro instrumento assecuratório dos direitos consolidados pela Constituição Federal de 1988, constituída pelo povo e para o povo.