O
objetivo principal de qualquer sistema logístico é atender aos clientes. Isto
porque a logística compreende todo o processo, da fabricação à entrega do
produto. Não se pode esquecer que um lead
time enxuto, ou seja, adequado às necessidades dos clientes é fundamental. Neste
sentido, cabe observar que o lead time é
justamente o tempo necessário para atendimento do cliente, desde a produção.
É
justamente para atender à lead time cada
vez mais baixos, que cresce a importância da gestão da cadeia de suprimentos ou
supply chain management (SCM) que permite à empresa, estabelecer um processo de
atendimento ao cliente de forma enxuta e organizada, perpassando inclusive
pelos seus fornecedores e parceiros, que também terão acesso à informações
sobre dados de vendas, demandas, cronogramas de produção, com a finalidade de
ajustar o fornecimento de insumos de forma sincronizada.
Neste
sentido, cabe citar que:
Para
habilitar esse grau de visibilidade e transparência, a sincronização requer um
elevado nível de alinhamento de processos, que por si só exige um nível mais
elevado de trabalho colaborativo. Essas são as questões às quais devemos
retornar. (Christopher, 2013, p.169).
A cadeia de
suprimentos passa a se tornar uma confederação de empresas que comungam de um
mesmo objetivo e que fornecem vantagens em seu relacionamento umas às outras.
A ideia central é a
otimização dos recursos, comprando insumos no tempo certo e entregando os
produtos transformados também no tempo certo. Imaginemos por exemplo uma grande
rede de supermercados, que precisa manter os produtos sempre disponíveis aos
clientes, mas que, por outro lado, não deve manter muito desses produtos
avolumando-se no estoque, porquanto esse é um custo para a empresa; neste caso,
caso o fornecedor dos produtos tenha acesso aos dados de venda, poderá
programar sua produção e seu lead time de
tal modo que garanta o abastecimento, sem, contudo, onerar seu supermercado
parceiro na cadeia de suprimentos.
Neste sentido é
necessário criar as chamadas redes de “quick response” ou resposta rápida, de
modo que as freqüências de entrega ocorram dentro dos prazos previstos, para,
concomitantemente, reduzir os custos com estoques e garantir a disponibilidade
dos produtos.
É notório, contudo, que
a gestão da cadeia de suprimentos deve levar em consideração a complexidade do
processo, tanto a montante quanto a jusante, ou seja, tanto antes quanto depois
da fabricação, dos insumos à produção e da produção à entrega. Deve ser levado
em consideração ainda a complexidade de variação, ou seja, a quantidade de
produtos a ser comercializado, uma vez que da multiplicação de produtos decorre
a dificuldade de previsão de estoques.
Além disso a
complexidade do produto a ser fabricado, caso depende de diversas peças
distintas, a cadeia de suprimentos e, consequentemente, fornecedores será cada
vez maior. A uniformização de insumos que sejam comuns para o maior número de
produtos a serem fabricados, pode ser uma boa solução, principalmente para as
empresas que fabricam equipamentos eletrônicos.
CHRISTOPHER,
Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 3. ed. São Paulo:
Cengage, 2013.