Temer sem excesso, aquilo que deve ser temido e não temer aquilo que não precisa ser temido. Em síntese, esta foi uma das várias sábias proposições de Aristóteles, que por sua simplicidade nos levam a reflexão de quão complexos tornamos eventos simples.
Eis que na Administração de Empresas isto é imprescindível. Os riscos são inerentes a qualquer processo empresarial e as mudanças nos rumos da empresa, com isso, são igualmente fundamentais.
Num mundo globalizado, as incertezas do mercado fazem com que as empresas estejam continuamente reinventando seus processos e a organização de seus recursos humanos e materiais.
Ocorre que o grande motor da mudança são as pessoas. Elas conduzem, modificam, planejam e reinventam os processos e as atividades.
Não podemos olvidar, que essas mesmas pessoas, independentemente do nível de participação no processo de mudança, como líderes ou liderados, possuem anseios, expectativas, motivações, modelos mentais e formações acadêmicas, muitas vezes diferentes.
Por isso, o processo de mudança é tão complexo e recheado de temeridades; que, no mais das vezes, sequer merecem maior preocupação e dispêndio de energia. Na tentativa de manter o status quo ou zona de conforto, ou por temermos o futuro, estabelecemos projeções quanto aos efeitos da mudança, que, muitas vezes, não condizem com a realidade planejada; mas, por que isto ocorre?
Considerando que boa parte dos problemas nas empresas são advindos de um processo de comunicação ineficiente; o processo de mudança torna-se, irremediavelmente temido e preventivamente rechaçado pelas pessoas que compõem a organização, justamente pela obscuridade quanto aos rumos que se pretende tomar, através da mudança, bem como o papel das pessoas neste processo.
Com efeito, a guarda “a sete chaves” das informações relevantes e pertinentes ao processo de mudança, acarreta notória desestabilização de equipes, cujas visões e percepções individuais e departamentais quanto à mudança, tornam-se esparsas, e no mais das vezes, divergentes dos reais propósitos da mudança, o que, invariavelmente repercute na queda da produtividade organizacional.
Para que um processo de reestruturação possa ser conduzido com tranquilidade e para que este gere os resultados esperados, são imprescindíveis alguns procedimentos, conforme segue, além de, é claro, todo o planejamento das alterações a serem realizadas:
1 – Planejamento e organização, criando um cronograma de implantação da mudança, estabelecendo datas e prazos para que estas ocorram;
2 – Ampla divulgação de todo o cronograma;
3 – Ampla divulgação de toda e qualquer alteração do cronograma.
O processo de mudança e melhoria contínua é tão necessário quanto à comunicação de todo o processo, que, por envolver pessoas, precisa da correta gestão dos recursos humanos impulsionadores das mudanças nas empresas.