Administrando empresas

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A Qualidade de Vida no Trabalho, sob a influência da auto-gestão da carreira e dos fatores estressores

As oportunidades de crescimento profissional, trabalhos desafiadores e reconhecimento da empresa são fatores recorrentes no desejo da grande maioria dos funcionários, prova disso são os fatores relevantes quanto à qualidade de vida no trabalho, citadas pelos trabalhadores nas edições anuais da revista Exame na série: “As 150 melhores empresas para se trabalhar”.

Ademais, são valorizados aspectos como o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal, o treinamento e a participação nas decisões como fatores fundamentais para proporcionar a QVT.

Um importante aspecto, no que tange a QVT, está a cargo, no entanto, do próprio funcionário, à medida que este deve fazer a auto-gestão adequada de sua carreira, procurando acumular conhecimentos e habilidades que lhe permitam aproveitar as oportunidades de crescimento profissional dentro da empresa.

Conforme Evans (1996), as carreiras na atualidade são feitas em zigue – zague, ou seja, é normal que as pessoas possuam duas ou três carreiras em áreas diferentes, ao invés de procurar a super-especialização, cujas origens derivam das teorias mecanicista e da burocracia, de Taylor e Weber, respectivamente.

A chamada carreira “proteana”, em menção à mitologia grega do deus Proteu, divindade marítima que previa o futuro, passou a ser uma necessidade do trabalhador moderno, a fim de se adaptar às necessidades das empresas, que desejam trabalhadores cada vez mais versáteis e hábeis ao enfrentamento de óbices, barreiras ou dificuldades criadas por um mercado pelo qual a disputa é cada vez mais acirrada.

A carreira acaba sendo desenhada em conjunto, pelo trabalhador e empresa, concomitantemente. Não se pode olvidar, que a capacidade de resiliência do empregado frente às adversidades é uma característica altamente desejável pela atividade empresarial atual.

Ocorre que a pressão por resultados rápidos e constantemente positivos; podem gerar a doença ocupacional, que muitos especialistas têm denominado como a doença dos novos tempos: o estresse.

Cabe diferenciar, no entanto, a pressão do estresse. A pressão é extrínseca, formada pelas circunstâncias do trabalho que exigem resiliência do trabalhador; já o estresse é a resistência natural do corpo humano ao fator estressor externo, sendo intrínseco a cada indivíduo.




Com efeito, é importante definir o que é um fator estressor:


Fator estressor é qualquer evento, acontecimento ou circunstância que exerça influência física, emocional ou mental em um indivíduo. Geralmente os fatores estressores estão relacionados ao convívio social e familiar, ambiente de trabalho, meio ambiente, condição de saúde e situação sócio-econômica do indivíduo, dentre outros. Fonte (http://www.bancodesaude.com.br/estresse/o-que-fator-estressor)


Cada indivíduo, entretanto, reage de maneira diferente aos fatores estressores, dessa forma, as empresas precisam mapear as características de cada funcionário, a fim de proporcionar uma distribuição de tarefas condizentes com as habilidades, competências e capacidade de resiliência pessoal frente às adversidades.

As organizações de sucesso têm grande capacidade de alocação de pessoas, distribuindo as tarefas de maneira adequada, extraindo a máxima capacidade das pessoas, mas sem afetar com isso, a qualidade de vida no trabalho.




Fontes: EVANS, P. Carreira, sucesso e qualidade de vida. Revista de Administração de Empresas, p.14-22, jul./ago./set. 1996.